Levado pela multidão que corre atrás d'algo,
Observei a manada às voltas indiferente,
Desgarrei-me do que vi ser um rebanho incoerente
E aos matos fui a procura do universo calado.
Já distante dos sons da publicidade louca,
Pude escutar os gemidos ritmados dum corpo doente,
Vi a cura aproximar-se gradativamente
E preencher o fulcros na carne pela cidade gerados
Longe agora do sedentarismo da televisão,
Próximo do calor de irmãs e irmãos
Vivi a liberdade negada pelas redes sociais
Filosofando tudo, trabalhando a mente,
Existi na utopia outrora ansiada virtualmente
Nos recados e status matinais.
Eli Bacelar, março de 2014.
sexta-feira, 21 de março de 2014
MÃOS DESAJEITADAS
Age como quem à sanha do desejo cede,
Períodos de clausura seu desejo endossam,
A cena abrupta de quem ao pote corre com sede,
Desajeitadas mãos que quebram todos os copos!
Refaz os passos errantes que trilhou
Ouvindo a zombaria dos fantasmas de sua mente,
Mostram-lhe duramente como errou,
Escarnecem de sua falha reincidente.
Se pudesse voltaria no tempo a todo custo
E ao menos, mais um erro evitaria,
Pegando na estrada o lado diverso.
Refazendo-se, sem mais olhar para o remorso
Ergue-se da auto piedade e do ócio
E nos rios do Eterno bebe águas celestes.
Ele Bacelar, março de 2014.
Períodos de clausura seu desejo endossam,
A cena abrupta de quem ao pote corre com sede,
Desajeitadas mãos que quebram todos os copos!
Refaz os passos errantes que trilhou
Ouvindo a zombaria dos fantasmas de sua mente,
Mostram-lhe duramente como errou,
Escarnecem de sua falha reincidente.
Se pudesse voltaria no tempo a todo custo
E ao menos, mais um erro evitaria,
Pegando na estrada o lado diverso.
Refazendo-se, sem mais olhar para o remorso
Ergue-se da auto piedade e do ócio
E nos rios do Eterno bebe águas celestes.
Ele Bacelar, março de 2014.
segunda-feira, 17 de março de 2014
DEITADO NAS PEDRAS
Refletindo
no seio das pedras gélidas da serra
E da
água que lhe corre substanciosa bebendo,
Notei
o anunciar do dia a piados
E a
altivez dos sapos fazer a noite ruidosa
Sobre
tão perfeita rocha deitado
O
foco das estrelas paralisava o meu olhar cadente
Quando,
recitando monismo aos astros
Estagnava
ante a criação quase onipresente
Alvorece
na serra, e o sono confunde a vista
Desfazendo-se
lentamente aos goles do chimarrão
Anima
os sentidos, esquenta a alma inda fria
Pensamento,
ação e nada mais
Partilhando
o pão da vida diariamente
Ilumino-me
com a essência dos animais.
À
natureza curativa
À alegria
sorridente dum irmão
Ao
oceano que tudo contém sem ser contido
À
negação da urbanidade doente.
Eli Bacellar, março de 2014.
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