sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A China como instrumento de popularização da tecnologia no Brasil



Salve amigos, há um tempo venho querendo escrever a respeito desse tema que tanto me intriga no meu dia-a-dia. É sobre a tecnologia chinesa e sua enxurrada de produtos manufaturados no Brasil que gostaria de tecer alguns comentários importantes.

Hoje em dia, qualquer produto fabricado no Brasil é 10 vezes mais caro que um produzido na China. Isso porque, uma série de impostos são cobrados dos industriais nacionais, assim como dos operários, sem falar dos inúmeros direitos trabalhistas criados na "Era Vargas", que encarecem o custo final do produto para o empresário.

“Comendo”, o governo, uma boa fatia do bolo, não permite nem ao dono das empresas tenham maior faturamento com maior produção, nem ao empregado receber um salário digno. Ficando assim, muito mais barato importar produtos manufaturados, do que produzir no Brasil, o que, de maneira drástica, enfraquece a economia do país, tendo em vista que na lógica econômica, quanto mais se exporta produtos acabados, melhor para o país.



Embora o Brasil seja um grande exportador, seus produtos são em sua maioria agrícolas. Sai mais barato importar um carro de categoria popular da china, que produzi-lo no Brasil. Para se ter ideia, um Uno da italiana FIAT, dito carro popular, básico, sem ar-condicionado, direção ou qualquer outro ítem de conforto, custa cerca de R$26.000.

Já um carro de categoria equivalente importado da China, a exemplo do QQ, fabricado pela Cherry, com ar-condicionado, air-bag, 4 portas, mp3 player, alarme, vidro eléctrico, roda de liga-leve, direção hidráulica, etc, custa cerca de R$22.000, com garantia de 3 anos, ainda que com um acabamento não tão bom quanto o produto nacional, a diferença é considerável e não tem como não notar.

Mas, compreendida essa primeira parte da questão, quero passar para o cerne do que mais me intriga nesse assunto que é a entrada de muitos produtos chineses no mercado brasileiro, a exemplo de celulares, videogames, televisões, computadores e demais produtos do gênero, a um preço muito baixo em relação ao produto nacional, tornando-se viável para o cidadão de baixa renda ter acesso a tecnologias que outrora, apenas da classe-média e alta em diante, possuía acesso.

Hoje, na China, um cidadão da capital, Pequim, recebe de salário mínimo cerca de 980 Yuan, o que representa em dólares cerca 130 dólares. Parece pouco aos olhos do Brasil onde com o salário mínimo representa o dobro de vezes a mais que isso em dólares.

Mas, quando se analisa a felicidade do operário chinês, percebe-se que trabalham satisfeitos, embora com altas cargas horárias, e ainda pode-se observar que estes, possuem um poder de compra relativamente razoável e possuem saúde, educação e segurança de qualidade pagos pelo governo, que não abusa de impostos excessivos, mas emprega os que existem nos devidos fins, ao contrário do que é feito em nosso país.

Aqui no Brasil, embora garantido na constituição de 88 que, o salário mínimo deva suprir a alimentação, saúde, educação, entretenimento, vestimenta, moradia e demais condições dignas de sobrevivência, mal consegue o cidadão de renda mínima, alimentar-se e a sua família de maneira digna, quanto mais ter dignidade. Valendo salientar que3 os constituintes da carta magna de 1988, apenas esqueceram de colocar um parágrafo explicando que para que o salário mínimo satisfaça tudo quanto lhe é atribuído, é fundamental que o cidadão seja mágico pra multiplicar tal soma de dinheiro.

Daí percebo que nos jornais noticia-se, os empresários reclamando do concorrência do produto chinês ante a baixa do dólar (moeda lastro do Brasil), e a quebra das industrias nacionais em detrimento do alto custo de produção, etc.

Então, vejo medidas como, a recente do Governo federal de aumentar o IPI dos carros chineses, como medida de proteger o empresariado nacional.

Pois que, não é com mais impostos que se resolve a situação, afinal de contas, desde o Brasil Colônia, essas tarifas e taxas não são revertidas eficazmente para a população. é necessário aprender com o momento econômico mundial, pois a "Mão Invisível de Mercado" finalmente pende pra o lado da popularização de tecnologias para as pessoas de baixa condição. E o que o governo faz? . Come ainda mais, ou pelo menos tenta fazê-lo, mas, porém, todavia, contudo, agora quem está pressionando não o Brasil mas o mundo a baixar os custos das coisas, é a segunda maior economia do momento e a que mais cresce. Não se pode tampar o sol com a peneira, ou ter-se-á sérias consequências, pois são eles os nossos maiores importadores de produtos agrícolas e minério de ferro.

Ora, o ditado é claro: Toma lá, da cá. Se a chapa esquentar quem sai perdendo é quem tenta impedir o livre comércio. Pois pois, não era isso que os economistas liberais a tanto vinham pedindo, livre concorrencia, "Mão Invisível de Mercado". Segura agora então, a bomba nas mãos e deixa explodir, porque evitar não vai resolver nada.

O mundo vai ter que engolir o novo Ápice do Império Chinês e o negócio é ou aprende e muda a estratégia ecômica, populariazar a renda do país, cortas impostos e investir na industria nacional, ou, será "natóralmente" que o povo Brasil vai ter acesso ao que nunca teve, a saber: Dignidade



Quanto a mim, espero que o dólar caia pra 50 centavos. O mundo gira, porque não acompanhar o movimento?


ESBacellar


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