"Ler pelo não, quem dera! “
- exclama o poeta e
indica vias e jeitos:
Em cada ausência, sentir o cheiro forte
do corpo que se foi,
a coisa que se espera.
Ler pelo não, além da letra,
ver em cada rima vera, a prima pedra,
onde a forma perdida
procura seus etcéteras.
Desler, tresler, contraler,
enlear-se nos ritmos da matéria,
no fora, ver o dentro e, no
o dentro, o fora
navegar em direção às Índias
e descobrir a América.
Paulo Leminski
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