Corre quilômetros debaixo de um sol forte, o corpo reage e libera ácido láctico, que enrijece os músculos lhe dando a sensação de exaustão. A garganta resseca e fere e arde com a respiração, as juntas enfraquecem, forçam os tendões, mas de longe, há esperança, enxerga então com a vista embaçada, um copinho em cima de um banquinho de madeira, e num último esforço de sobrevivência acelera o passo e logo na chegada emborca o copinho que se mostra repleto de areia quente, sufocando e tossindo muito, sangrando os últimos suspiros sedentos por água, lhe sobrevindo de última hora o socorro dum grupo de encapuzados que lhe despejam galões de águas mineral gelada, lhe fazendo engolir a areia e saciar a sede de água.É agora aplaudido e homenageado pelas pessoas que lhe rodeiam, por haver sido aprovado no rito de passagem.
Eli Bacellar Junho de 2011
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