terça-feira, 1 de maio de 2012

O Vencedor



Toma as espadas rútilas, guerreiro,



E à rutilância das espadas, toma 



A adaga de aço, o gládio de aço, e doma



Meu coração — estranho carniceiro!


Não podes?! Chama então presto o primeiro

E o mais possante gladiador de Roma.

E qual mais pronto, e qual mais presto assoma,

Nenhum pôde domar o prisioneiro.


Meu coração triunfava nas arenas.

Veio depois um domador de hienas

E outro mais, e, por fim, veio um atleta,




Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem...



E não pôde domá-lo enfim ninguém,



Que ninguém doma um coração de poeta!


Augusto dos Anjos

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